segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

1ª Antologia 100 Trovas Sobre Cachaça * Antonio Cabral Filho - RJ

1ª Antologia 100 Trovas Sobre Cachaça
Organizador:
Antonio Cabral Filho
Rio de Janeiro - RJ
https://antologiabrasilliterario.blogspot.com.br/2015/10/enc-fwd-1-antologia-100-trovas-sobre.html 
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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Oscar Wilde, quem diria...* Antonio Cabral Filho - Rj

Oscar Wilde, quem diria...
...maior pé-de-cana. 
Até fazia apologia do vício: 
"O primeiro estágio é como qualquer bebida. O segundo é quando você começa a ver coisas monstruosas e cruéis, mas você perseverar, entrará no terceiro estágio, no qual você vê coisas que gostaria de ver. coisas curiosas e maravilhosas."

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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Emílio De Menezes e a Boemia Carioca * Antonio Cabral Filho - RJ

Emílio De Menezes e a Boemia Carioca
O Modernismo No Rio De Janeiro
Monica Pimenta Velloso
https://play.google.com/store/books/details?id=FmZNCwAAQBAJ&rdid=book-FmZNCwAAQBAJ&rdot=1&source=gbs_vpt_read&pcampaignid=books_booksearch_viewport
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Emílio De Menezes,
o Último Boêmio
Raimundo De Menezes
http://boaleituraparavoces.blogspot.com.br/2013/09/emilio-de-menezes-o-ultimo-boemio.html 
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domingo, 20 de março de 2016

Mário Quintana Por Moacyr Scliar # Antonio Cabral Filho - RJ

Mário Quintana
em flagrante delito, abordado por
Moacyr Scliar.
http://www.scliar.org/moacyr/
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estrela e guia



Jean-Paul Sartre escreveu boa parte de sua obra no Café de Flore, em Paris. Não foi o único. Muitos escritores procuraram em cafés o refúgio e o estímulo para a elaboração de suas obras. Café e bares, naturalmente. Podemos imaginar que ensaios e obras filosóficas são melhor escritos em café; mas para a poesia o bar é um cenário muito melhor. Aliás, a história da poesia brasileira poderia ser escrita tendo os bares como marcos históricos. Foi no Villarino, bar do centro do Rio, que Vinicius propôs a Tom Jobim a primeira parceria, dando início a uma gloriosa trajetória.


Mario Quintana também freqüentava bares. Não sabemos quantos poemas pode ter escrito ali, nem sabemos se o fez, mas sabemos que prestou ao bar, visto como refúgio, uma bela homenagem.


O poema chama-se, justamente, Canção de bar e começa assim: “Barzinho perdido / na noite fria / estrela e guia / na escuridão”.


Estes quatro versos são típicos da poesia e do poder criador de Mario Quintana. São feitos de palavras absolutamente comuns, destas que figuram no vocabulário de qualquer brasileiro. Nada de exageros, nada de arroubos, nada de vocábulos complicados: Mario era um poeta essencialmente democrático. Mas, com esta simplicidade, ele criava beleza. Mais criava um clima. Começamos a leitura e de imediato nos vemos em uma daquelas nevoentas noites do inverno porto-alegrense. O poeta vagueia sem rumo na noite porto-alegrense. Avista o bar, um pequeno estabelecimento, e de imediato vê nele “estrela e guia”. Entra esperançoso. E o poema prossegue: “Que bem se fica! / Que bem! Que bem! / Tal como dentro / de uma apertada / quentinha mão...” E por que se sente bem? Por causa das figuras imaginárias que encontra: “Rosa, a da vida”, que talvez tenha iniciado o poeta, como era comum no Rio Grande de outrora; “E o Pedro Cachaça / com quem me assustavam / (O tempo que faz!)”; “E o Anto que viaja / pelo alto mar”.


Ali também estão, em espírito, os poetas franceses que influenciaram o jovem Mario: Verlaine, Rimbaud, Villon. No fim, tudo tem a ver com poesia, até mesmo a caninha, que, pretensamente pura, foi batizada com “a mais pura água”. O que ao poeta não incomoda; porque “... poesia pura / ai seu poeta irmão, / a poesia pura / não existe não!” Claro, não era só em bares que o poeta encontrava a humanidade. Embora fosse um homem retraído, tímido mesmo, não era um misantropo, não recusava a companhia de outros seres humanos. Ao contrário, sentia-se bem em lugares freqüentados por muitas pessoas. A redação do jornal, para começar. Ali, diz Antonio Hohfeldt, que foi seu colega no " Correio do Povo", Mario passava horas, dedilhando seus textos na máquina, ou simplesmente pensando. Ou então no cinema: era um cinéfilo contumaz, via qualquer tipo de filme, desde faroeste até obras-primas. E por fim na praça: era comum encontrá-lo na Praça da Alfândega, no centro de Porto Alegre, caminhando no meio as multidão e sentindo-se inteiramente à vontade. Mario sabia que a poesia é coisa humana, e só pode existir em cenários humanos, como a redação do jornal, como o cinema, como a praça – e como um barzinho perdido na noite fria. Falando em barzinho, por que se fica bem, ali? Por causa da mão, apertada e quente, que nos envolve com um carinho materno. É a mão da poesia, no interior da qual Mario Quintana escreveu poemas que, um século depois de seu nascimento, continuam a nos encantar e a nos comover.

Canção de bar

Barzinho perdido
Na noite fria.
Estrela e guia
Na escuridão.
Que bem se fica!
Que bem! Que bem!
Tal como dentro
De uma apertada
Quentinha mão...
E Rosa, a da vida...
E Verlaine que está
Coberto de limo.
E Rimbaud a seu lado,
O pobre menino...
E o Pedro Cachaça
Com quem me assustavam
(O tempo que faz!)
O Pedro tão nobre
Na sua desgraça...
E Villon sem um cobre
Que não pode entrar.
E o Anto que viaja
Pelo alto mar...
Se o Anto morrer,
Senhor Capitão,
Se o Anto morrer,
Não no deite ao mar!
E aqui tão bem...
E aqui tão bom!
Tal como dentro
De uma apertada
Quentinha concha...
E Rosa, a da vida,
Sentada ao balcão.
Barzinho perdido
Na noite fria,
Estrela e guia
Na turbação.
E caninha pura,
Da mais pura água,
Que poesia pura,
Ai seu poeta irmão,
A poesia pura
Não existe não!

“Canções” de Mario Quintana 




MOACYR SCLIAR é escritor e médico. Publicou Pai e filho, filho e pai (conto, 2002), Os leopardos de Kafka (romance, 2000), Dicionário do viajante insólito (crônica, 1995), Se eu fosse Rotschild (ensaio, 1993), entre outros mais de 60 livros. Recebeu prêmios literários como o Jabuti, o APCA e o Casa de las Americas e já teve suas obras traduzidas para doze idiomas. É colunista da Folha de São Paulo e pertence à Academia Brasileira de Letras. 
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Saiba mais...
http://www.elfikurten.com.br/2011/01/mario-quintana-o-poeta-das-coisas.html 

sábado, 12 de dezembro de 2015

Anais Nin / Boemia Literária * Antonio Cabral Filho - RJ

Anais Nin - Escritora
Boemia Literária 
http://www.anaisnin.com/ 
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Algo mais...
http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/anais-nin-a-escritora-que-se-queria-tornar-numa-obra-de-arte-281326
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